Baseado no
aclamado e premiado romance de Lois Lowry, “O Doador de Memórias” conta a
história de um mundo perfeito, onde não existe sofrimento, fome, guerra ou
inveja. A paz e a concórdia reinam em diversos aspectos nas Comunidades de um
lugar chamado Mesmice. Porém, a perfeição tem um preço. É tirada dos habitantes
de coisas simples – cores, animais e diferenciações climáticas – as mais
complexas – emoções e sentimentos.
Quando completam
12 anos, as crianças passam por uma cerimônia que tem por objetivo definir a
atividade que a elas serão atribuídas pelo resto de suas vidas. Jonas (Brenton
Thwaites) é o escolhido para ser o próximo Recebedor de Memórias – o único que
saberá o que aconteceu num passado remoto. Durante o treinamento, o garoto
conhece as cores, a música e o amor, mas também “vivencia” através das
memórias, o ódio pelo próximo, o sentimento de perda e tantos outros aspectos
que tornam os seres humanos desprezíveis. Rapidamente, Jonas reconhece que
todos vivem numa mentira e decide reverter a situação com a ajuda d’O Doador
(Jeff Bridges).
A essência do
filme é captada conforme é descrita no livro. Foram feitas algumas alterações,
mas nada que alterasse bruscamente o belíssimo original. No livro, por exemplo,
Jonas e seus amigos são crianças. No filme, para fisgar a atenção do
público-alvo os personagens possuem 16.
Diferente das
distopias mais recentes (Jogos Vorazes, Divergente e tantas outras) a sociedade
não é vítima de um governo totalitário, pelo contrário: teoricamente, todos são
“felizes” bem alimentados e tratados em pé de igualdade. Entretanto, fez-se
necessário (e isso foi algo extremamente importante na adaptação
cinematográfica) atribuir a Chefe dos Anciãos (Meryl Streep) o papel de vilã
que possui como discurso oficial “a função de proteger o indivíduo de si
mesmo”.
O filme pode
parecer monótono no início, mas não se deixe enganar! Assim como o livro,
merece ser aplaudido e indicado.
Assista abaixo o trailer da adaptação.